Eu ainda não tenho muito a dizer sobre isso, mesmo sabendo que já se passaram três décadas. Já se foram mais de dois meses e eu ainda não sei o que dizer, tudo parece normal.
Mas ontem, depois de assistir - pela centésima vez - um dos filmes favoritos, me lembrei de uma brincadeira que a gente fazia na escola. Colocávamos a idade que pretendíamos nos casar, quantos filhos teríamos, o lugar onde moraríamos e que tipo de casa seria. Também colocávamos nosso status social, do que trabalharíamos e algumas coisas que julgávamos importante para o futuro. Depois disso, fazíamos algo tipo 'minha mãe mandou', nos baseando na idade do casamento que estava no papel - isso, aparentemente era muito importante - e ao fim, lá estávamos "casados, aos 22 anos, com dois filhos, possivelmente com um cachorro, morando em Londres, numa casa grande, com uma Ferrari, sendo jornalistas, escritores de algum best seller e bem sucedidos".
A primeira vez que assisti 'De repente 30', tinha uns quatorze anos (ele é um dos meus filmes favoritos até hoje), e desde que ouvi da Jenna que "30 é a idade do sucesso", pensava que quando fizesse trinta anos, teria vivenciado tudo o que havia idealizado pra mim. Com o tempo, acabei percebendo que as coisas não são bem assim.
Não estou casada e nem tenho dois filhos. Continuo morando em São Paulo e, por enquanto, com meus pais. Atualmente minha carreira está em andamento, sigo auxiliando em coisas da minha área, mas acreditando que Deus está abrindo uma porta maior. Não sou jornalista, mas realizei uma das minhas metas e me formei em publicidade antes dos trinta (o que é algo positivo, ainda estou dentro da área de comunicação), não escrevi um best seller AINDA, mas tenho uma história nos apps de leitura com mais de 200 mil leituras e leitores que se tornaram amigos incríveis. E só não tirei minha carta ano passado porque o corona invadiu o planeta e mudou totalmente os meus planos.
Hoje pela manhã, ouvi a mensagem de um grande amigo que compartilhou comigo algo muito importante da parte de Deus. E que me fez entender que até aqui, Jesus esteve colocando muitas coisas da minha vida no lugar. Ele me fez entender que nada do que planejei pra mim é tão grande quanto aquilo que o Pai planejou pra mim a vida toda. E que nada melhor do que ser surpreendido com aquilo que Ele tem preparado.
Até aqui, sou grata por cada oportunidade que Deus me deu de aprender e ensinar. E mais do que isso, percebo que ando confiando tanto no que Ele têm a fazer por mim, que até mesmo as crises de ansiedade foram embora.
Ele tem me dado a oportunidade de cuidar de pessoas enquanto Ele cuida de mim. Tem me dado oportunidade de conhecer pessoas - mesmo não saindo tanto de casa - e me feito ter paz, mesmo nos dias em que tudo parece desabar.
Os trinta chegaram e percebo, mais do que nunca, que algumas coisas passam a ter muito mais importância, significado, valor e fazem muito mais sentido, não que antes não era assim, mas o tempo começou a mostrar com mais clareza tudo isso. Que observar é melhor do que agir, que orar e esperar em Deus é melhor do que atropelar as coisas.
Quando era menor, achava que aos 30 estaria velha, mas não me sinto nada velha, pelo contrário. Ainda não tenho rugas, a genética da família é boa. Mas não posso dizer muito dos cabelos brancos, que aparecem desde os 15.
Talvez 30 seja mesmo a idade do sucesso, talvez não. Mas é exatamente aqui que digo que me sinto privilegiada por dizer que em meu coração, Jesus confirma que serão os melhores anos da minha vida.
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